Objetivo principal das comitivas, que se originam de regiões diferentes do mundo, é saber como funciona o sistema eletrônico brasileiro de votação. Todos optaram por acompanhar o processo a partir de Brasília.
Representantes de pelo menos 24 países, além de membros do Parlamento Brasileiro do Mercosul (Parlasur) e de organismos internacionais como a Organização dos Estados Americanos (OEA), já confirmaram presença no Brasil durante as eleições no dia 5 de outubro. O objetivo das comitivas, entre as quais estão Angola, Zâmbia, Nicarágua, Canadá, Romênia e República Dominicana, é saber como funciona a votação por sistema eletrônico.
Os custos com hospedagem e passagem aérea são de responsabilidade dos interessados. A programação do grupo, que reunirá mais de 60 pessoas, começa quinta-feira (2), três dias antes do pleito, e inclui palestras sobre a organização das eleições gerais no Brasil e visitas ao Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e ao Museu do Voto, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Tudo com tradução simultânea em inglês, francês e espanhol.
Olhar atento
No dia da eleição, eles acompanharão a votação nas zonas eleitorais. “Eles poderão ver a abertura das urnas, o desenrolar da votação, o fechamento das urnas e, finalmente, a totalização dos votos no TSE”, explicou à Agência Brasil o chefe da assessoria de Assuntos Internacionais do TSE, Tarcisio Costa.
Ainda segundo o assessor, ao contrário de anos anteriores em que acadêmicos e integrantes de organizações não governamentais também acompanharam a votação, este ano apenas autoridades eleitorais de países-membros das Nações Unidas foram convidadas a conhecer o sistema de votação brasileiro.
Apesar de o TSE ter oferecido seis opções de capitais para que os convidados acompanhassem o dia de votação, todos os interessados, com exceção da comitiva camaronesa que vai a São Paulo, preferiram Brasília.
“Esse grau elevado de resposta (ao convite do TSE) é mais uma comprovação, um indício do reconhecimento internacional da excelência do nosso modelo eleitoral”, destacou o assessor internacional, acrescentando que a visita reforça a imagem positiva do Brasil no exterior. O mesmo pensamento é do presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski, que funcionará como anfitrião do grupo pelos próximos dias.
Esse grau elevado de resposta (ao convite do TSE) é mais uma comprovação, um indício do reconhecimento internacional da excelência do nosso modelo eleitoral
Pela campanha
1. Corrupção
A candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, anunciou medidas que pretende implantar contra a impunidade em um eventual segundo mandato. Ela cita a criminalização do caixa 2 e a perda da posse de bens adquiridos de forma ilícita, como ações de combate à corrupção.
2. Energia
A candidata Marina Silva promete resolver a crise energética vivida pelo país. Marina disse que sua principal preocupação é fazer com que o país tenha uma matriz energética que dê conta de fornecer energia suficiente para acompanhar a retomada do crescimento econômico.
3. Programa
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, divulga seu programa de governo amanhã (segunda-feira). Segundo o candidato, o programa deixa claros os caminhos que percorrerá, se for eleito, aumentar a taxa de investimentos e gerar mais empregos no país.
4. Tributos
O candidato do PSC, Pastor Everaldo, compromete-se a ampliar o limite de receita bruta para o regime tributário Simples Nacional, da Receita Federal, caso eleito. Pela proposta, o limite para um empreendimento ser considerado pequena empresa será ampliado .
5. Inflação
Ex-deputada federal pelo Rio Grande do Sul, a candidata do Psol à Presidência, Luciana Genro, diz que, se for eleita, vai controlar a inflação a partir dos preços administrados pelo governo e de uma mudança no modelo agrícola, hoje voltado para as exportações, e não para o mercado interno.
6. Desmilitarizar
O candidato do PCB à Presidência, Mauro Iasi, defende a desmilitarização das polícias militares como forma de combater a corrupção. Segundo ele, os desvios são favorecidos pela rígida hierarquia militar, pois quem está abaixo, na cadeia de comando, não pode se insurgir contra práticas criminosas.
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