sexta-feira, 21 de março de 2014



São Paulo – Após um ano brilhante em 2012, os fundos imobiliários amargaram um mau desempenho em 2013, passando de vedetes dos investimentos para “micos”. O processo de alta da taxa básica de juros, a Selic, caiu como uma bomba sobre a maioria deles, tornando-os menos atrativos que a renda fixa.



Segundo um levantamento da Economatica, que considera o desempenho dos fundos entre 20 de fevereiro de 2013 e 20 de fevereiro de 2014, apenas nove fundos tiveram desempenho positivo no período.
O levantamento leva em conta o conceito de Retorno Total, que considera o reinvestimento dos rendimentos na compra de novas cotas. Segundo essa metodologia, o desempenho dos fundos imobiliários no período foi uma queda de 21,56%, enquanto o Ibovespa caiu 15,82%.
Considerando apenas o desempenho das cotas nos anos fechados de 2012 e 2013, os fundos imobiliários tiveram alta de 35,04% em média em 2012, amargando uma perda de 12,63% no ano passado.
Segundo o agente autônomo Arthur Vieira de Moraes, especialista em fundos imobiliários, esse mau desempenho se deve à alta da Selic vista ao longo de 2013.
“Os fundos que distribuem rendimentos de aluguéis, que são os mais conhecidos, são de certa forma comparáveis à renda fixa. Considerada a intensidade da alta da Selic, os fundos responderam inversamente, como era de se esperar”, explica Moraes.
Dessa forma, quando a renda fixa tradicional fica mais rentável, com o aumento da taxa básica de juros, os fundos imobiliários, que são mais arriscados, tornam-se menos atrativos. O que se vê é uma migração dos investidores do investimento mais arriscado para o mais conservador.
Em geral, os fundos de renda, que são os mais comuns na bolsa brasileira, podem ter sua rentabilidade comparada à da NTN-B, título do Tesouro que paga juros acima da inflação. A alta da Selic fez com que comprar NTN-Bs se tornasse muito interessante, pois elas passaram a oferecer 7% acima do IPCA.
Assim, os fundos que foram melhor nos anos anteriores caíram para o meio do ranking de investimentos. No topo, ficaram aqueles fundos menos impactados pela alta da Selic.
Entre eles, os fundos de desenvolvimento, que investem na construção de imóveis, para lucrar com a posterior venda. Os que se deram melhor foram aqueles que ganharam com a venda de empreendimentos prontos e que amortizaram cotas, isto é, devolveram dinheiro aos cotistas.
Outro tipo de fundo que ganhou em 2013 foram os fundos de recebíveis imobiliários, que na prática investem em papéis de renda fixa com lastro em créditos imobiliários, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI).
Por terem características de renda fixa, esses fundos conseguem se dar bem mesmo quando a Selic tem alta.
Veja a seguir a lista dos dez melhores (ou “menos piores”) fundos imobiliários de 2013, segundo levantamento da Economatica. Arthur Vieira de Moraes ajudou a comentar sobre o desempenho dos fundos.

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